02 outubro 2011

DIA DO ANJO DA GUARDA


Nosso Anjo da Guarda, é pessoal e exclusivo, cuja função é de nos proteger.
Ele nos ampara e nos defende dos perigos.
Esta celebração especialmente dedicada aos Anjos da Guarda começou na Espanha, no final do ano 400, propagando-se por toda a Europa em poucos séculos, o dia 02 de outubro foi fixado em 1670, pelo Papa Clemente X.

A IGREJA E OS ANJOS
Em meio a tantas inovações e informações, muitas vezes o ser humano sente-se sufocado e oscila entre a descrença e o sincretismo diante de questões religiosas. Para alguns, crer é quase sinônimo de atraso intelectual, pois a crença parece ser uma realidade ultrapassada. Do outro lado estão aqueles que vivem numa miscelânea religiosa, tendo como princípio de fé realidades provenientes de diversas religiões ou movimentos religiosos. Essa observação vale para a questão dos anjos.

A Igreja Católica, baseando-se nas Sagradas Escrituras, na herança judaica e nos escritos dos Santos Padres, crê na existência dos anjos, como afirma o próprio Catecismo: “A existência dos seres espirituais, não-corporais, que a Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma verdade da fé. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição.” 
(CIC, 328). O desenvolvimento da angeologia (estudo dos anjos) na Igreja Católica aconteceu principalmente no período dos padres apostólicos, quando a fé cristã se viu ameaçada em sua pureza por diversas heresiasO confronto mais rigoroso entre o cristianismo e a filosofia neoplatônica estimulou Agostinho e o Pseudo-Dionísio a aprofundar a doutrina tradicional sobre a natureza e a função salvífica dos anjos. O Pseudo-Dionisio, autor desconhecido do século VI, apoiando-se em Proclo, dividiu os anjos em nove coros, hierarquizando-os em três tríades de dignidade crescente: 1º hierarquia - Serafins, Querubins e Tronos; 2º Hierarquia - Dominações, Potências e Virtudes; 3º Hierarquia - Principados, Arcanjos e Anjos. Tal nomenclatura celeste aparece em alguns textos escriturísticos, a saber: Efésios 1, 21 e Colossenses 1, 16.Essa hierarquia celeste, em parte, é também encontrada no Missal Romano no prefácio dos anjos: “Pelo Cristo vosso Filho e Senhor nosso, louvam os Anjos a vossa glória, as Dominações vos adoram, e reverentes, vos servem Potestades e Virtudes. Concedei-nos também a nós associar-nos à multidão dos Querubins e Serafins, cantando a uma só voz”.A liturgia cristã, tanto grega quanto latina, honra os anjos como servos de Deus e amigos dos homens. Basta lembrar que no dia 29 de setembro celebra-se a festa dos Arcanjos Miguel, Rafael e Gabriel, e no dia 02 de outubro a festa dos Santos Anjos da Guarda. A Igreja também associa suas celebrações à liturgia celeste, como atestam o Trisagion do ritual de São João Crisóstomo e o tríplice Sanctus (Santo) do ritual latino. Na Igreja Católica, os anjos reconhecidos pelo nome são apenas três: Miguel, Rafael e Gabriel, tal como vemos nas Sagradas Escrituras. Os demais anjos citados nas páginas sagradas são anônimos. Então, de onde vem o nome de Haniel que é tido como chefe dos Principados (anjos que são representados carregando cetros de madeira ou cruzes nas mãos)? Certamente a denominação de Haniel provenha da Cabala judaica, ramo místico do judaísmo e do atual mundo esotérico. A Cabala consiste em interpretações místicas e numerológicas das Escrituras hebraicas. Os autores da Cabala tratam cada letra, número e acento das Escrituras como se fossem um código secreto contendo algum significado profundo mais oculto, colocado lá por Deus com algum propósito, inclusive a profecia.Dessa forma, entende-se que o denominado anjo Haniel não é contado entre os anjos que a Igreja Católica honra, assim como Uriel, Raguel, Sarakael, Remiel e muitos outros que são descritos no II Livro de Enoc, que faz parte da literatura apócrifa judaica e não é considerado livro canônico, ou seja, inspirado por Deus.

01 outubro 2011

Somos todos enviados


Depois de cuidadosa catequese com o mês vocacional e o mês bíblico, a Igreja convoca e envia seus fiéis para a missão. Toda a espiritualidade do seguidor de Jesus é estimulada e coroada pela atividade missionária. É o saldo do que o cristão recebe em bens materiais e valores morais.  É a resposta às propostas que Jesus Cristo faz a cada instante, para que o ser humano se torne seu parceiro na história da salvação.
Tudo é missão, desde  o ministério assinalados pela unção sacerdotal até o gesto mais simples da vida de um batizado, quando realizado em sintonia com a vontade do Pai. O cristão é um missionário quando se dedica à  evangelização ou cumpre bem as tarefas decorrentes do seu compromisso de fé e a sua vocação temporal. Basta que nele exista a consciência de que nasceu e foi batizado para servir como operário do reino de Deus. Com a sua oração, anúncio e testemunho,  cabe-lhe transformar esta realidade, cheia de contradições, numa civilização fermentada pelo evangelho e costurada com  os fios resistentes da esperança e da solidariedade.
Se neste mundo que há mais de dois milênios foi batizado com a água da salvação, ainda se encontram  tantas marcas do egoísmo e da descrença: o motivo é a falta de consciência missionária na maioria dos batizados. Eles não se sentem responsáveis por  revelar, numa sociedade violenta e sem fé, a presença de Deus Pai, que os ama loucamente e os chama para apressarem o tempo da reconciliação e da unidade.
Unidos todos numa missão evangelizadora é possível que a humanidade se converta e caminhe solidária para a terra dos bem-aventurados.